Startup piauiense TRON testa aparelho inclusivo para surdos durante shows de Whindersson Nunes

O protótipo da tecnologia MR capta vibrações sonoras para inclusão de pessoas surdas durante eventos e shows.

 

O projeto MR é uma tecnologia assistiva desenvolvida pela startup de Parnaíba - TRON Robótica Educativa, para que surdos e deficientes auditivos consigam sentir a música. Trata-se de um dispositivo que é afixado ao corpo e tem como objetivo correlacionar as vibrações sonoras com vibrações "mecânicas" distribuídas pelo tórax por meio de rotores com acelerações e pesos diferentes, interpretando em tempo real a estrutura musical rítmica capitada. Logicamente não se trata de ouvir a música, mas de senti-la em tempo real por meio da sensibilidade do tato. Os testes foram realizados na apresentação de Lil Whind (Whindersson Nunes) no Rock in Rio e durante o festival GiraSol em Teresina, Piauí.

Na oportunidade a estudante Maria Rita, protagonista surda que inspirou a criação da tecnologia e o digital influencer Alex Bill, deficiente auditivo, participaram pela primeira vez de um evento dessa magnitude e com um grau de independência e inclusão incríveis, podendo trafegarem livremente pelo evento portando a versão móvel do dispositivo acoplada ao corpo. “Foi uma experiência muito importante, e foi através de um encontro, de uma conversa que tivemos que eles foram desenvolvendo isso. Eu agradeço de coração por todas essas vivências. Eu espero que no futuro, a tecnologia robótica elas possam estar sempre presente, porque o MR por exemplo me ajudou a perceber as vibrações no show do Whindersson lá no Rock in Rio, então foi algo maravilhoso, eu me senti incluída. Eu pude perceber todos os sons que estavam sendo produzido naquele momento. Foi a primeira vez que eu senti isso” comemorou a estudante.

A importância da tecnologia levou a TRON ao programa Fantástico da Rede Globo, no domingo (18/09) com a reportagem sobre a experiência do uso da tecnologia no Rock in Rio, que ecoou da aplicação do Método TRON em salas de aula. Na matéria, o sócio fundador Gildário Lima teve a oportunidade de explicar como surgiu a ideia, como essa tecnologia funciona e como ela irá auxiliar surdos e deficientes auditivos a sentirem a música. “Ele consegue perceber o som ambiente quando o dispositivo está na versão ambiente, então tudo de som que rola no ambiente ele capta, processa e transforma isso para vibrações mecânicas espalhadas no corpo. Uma segunda forma de captação do dispositivo é por meio de um smartphone, onde eu conecto o dispositivo em um aparelho e todos os sons que saem do aparelho, música, independente do barulho externo, vai ser convertido também para experiência desse aparelho”, explicou Gildário.

O humorista piauiense, Whindersson Nunes, segundo Gildário, tem um papel fundamental no desenvolvimento dos projetos desenvolvidos pela startup, já que além de ser investidor na TRON, Whindersson é um incentivador da inclusão de pessoas com deficiência. "Ele passa a fazer parte dessa startup, ele comprou a ideia, por ser uma startup que surgiu no Piauí, e que está tendo impacto nacional e que revolucionando a inserção de tecnologia nas escolas por meio do método TRON. E segundo, porque ele é um grande defensor da inclusão e de como a tecnologia pode propiciar isso", falou ele.

Assista a reportagem do Fantástico neste link.


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